quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Eleições nos EUA

Com Giuliani cada vez mais fora da corrida, Jonh McCain parece ser aquele que mais perto está de vir a ser o futuro candidato por parte do partido republicano.
A ser assim, os democratas começam a ver a sua larga vantagem encolher a olhos vistos. Neste cenário, começa a perguntar-se quem será o melhor candidato para concorrer contra McCain. Obama tem a vantagem de ser mais carismático que Hillary, mas Clintom é mais popular que Barack. Assim, pergunto-me se não seria a solução ideal uma candidatura conjunta dos dois. Mas quem como presidente e quem como vice. Na minha opinião Hillary nunca aceitará a posição de número dois. Mas no entanto, esta parece-me que seria a melhor opção. No entanto talvez a solução Hillary número um e Obama número dois trouxesse mais estabilidade e crescimento económico, visto que os tubarões do dinheiro, a perderem para os democratas, prefeririam uma solução com Hillary em vez de Obama.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Imigrantes

O um estudo recente duma associação de ajuda á integração dos imigrantes em Portugal, revelou que um quarto dos imigrantes têm concluido o ensino superior. Afirma a associação que apenas um em cada vinte trabalha efectivamente na área em que terminou o dito curso e isto demonstra bem a exclusão a que são votados os imigrantes.
Não quero aqui desmentir ou criticar tais afirmações, nem quero ser entendido como alguém que é contra a imigração. Totalmento o oposto. No entanto talvez seja positivo a mesma associação verificar que muitos dos jovens portugueses que terminam o ensino superior também não conseguem encontrar trabalho para as habilitações que têm. Ou aceitam trabalhos "menores" como técnicos a ganhar os ditos "1000€" ou nem isso, e acabam a tirar cursos consecutivamente até já não poderem mais. Será isto exclusão? A resposta é simples. Não
Aceito plenamente que muito há ainda a fazer na inclusão dos imigrantes em Portugal. Mas clamar que os imigrantes necessitam de mais oportunidades no emprego deve ser feito com cuidado. Se já existem muitos sentimentos xenófobos relativamente a os imigrantes virem "roubar-nos" os empregos, este tipo de afirmações só alimente esses sentimentos e mitos que erradamente grassam no nosso país.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Rússia

Aparentemente, enquanto nos EUA ninguém tem certezas quanto aos dois candidatos que vão a eleições gerais para a presidência, na Rússia ninguém tem dúvidas quanto ao processo democrático que por lá decorre.
O aparelho de estado bloqueia com facilidade e impunidade qualquer candidato que se lhe atravesse no caminho. Seja por uma simples crítica ou por completa oposição ao presidente Putin, qualquer um corre o risco de ir parar á prisão, como o antigo Primeiro-Ministro que é acusado de forjar as assinaturas do seu partido.
O que é que faz a UE e os EUA?
Bem, discutem o assunto, assobiam para o ar, e continuam a comprar o gás natural que tanto poder fornece ao estado para poder continuar com o seu estilo de democracia. Pode parecer uma decisão dificil de tomar, mas uma pequena ameaça de boicote talvez trouxesse alguma razão a um presidente que entrou numa espiral de absolutismo que parece não poder ser parada. Não esqueçamos que a Rússia continua a ter um poderoso exército e armas de destruição maciça.
Pode parecer que nós necessitamos mais dos russos que eles de nós, mas se o seu gás natural é importante para nós, existem alternativas, enquanto aos nossos euros não existem muitas...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Semi-crash na Bolsa

Se alguém tinha dúvidas relativamente aos tempos dificeis que se aproximam nos mercados financeiros, as bolsas hoje clarificaram o cenário. Com todos os mercados de referência a cairem entre 5% e 7%, atingiram-se hoje as maiores quedas desde o 11 de Setembro. Mais do qualquer outra coisa, os mercados bolsistas mostram-nos o que é a globalização. Não existe qualquer dúvida que o mundo financeiro hoje não tem fronteiras e que uma crise na Ásia é uma crise em todo o mundo, uma crise nos EUA é uma crise no mundo e uma crise na Europa é uma crise no mundo. É o mesmo capital, a circular sem fim por todo o mundo, seja em que moeda for, seja por que mãos for.
Assim, não é de espantar que cada vez mais os políticos se agarrem aos financeiros e cada vez mais se afastem das pessoas, não se apercebendo do que estão a perder. Barack Obama aproxima-se mais das gentes por isso mesmo, por parecer (sendo-o ou não) estar longe do mundo da finança.
Talvez por isso se aproxime cada vez mais a possibilidade dum duo Clinton-Obama na Casa Branca, demonstrando que não é possivel afastar o dinheiro das pessoas, ambos precisam um do outro ou a sociedade colapsará sem dúvida.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Democracia e liberdade

"Eu acho que a visita do papa não é algo positivo porque a ciência dispensa a religião. A universidade é um lugar aberto a todas as formas de pensamento. Mas a religião não é", afirmou Andrea Sterbini, professor de ciência da computação e um dos signatários da carta.

Esta afirmação é feita relativamente a uma visita que o Papa Bento XVI iria fazer a uma universidade italiana e que foi boicotada por um grupo de alunos e professores, entre os quais o que efectuou esta afirmação. Quando alguém diz "... a universidade é um lugar aberto a todas as formas de pensamento..." mas depois boicota o discurso de outrém porque tem uma visão diferente, parece-me no mínimo estranho. Ou será que as formas de pensamento do Papa não cabem dentro de "todas as formas de pensamento"?
Não estou aqui a defender as ideias do Papa, sou ateu convicto e nem considero a Igreja Católica uma instituição que se deva vangloriar por apoiar a abolição da pena de morte devido ao seu passado, mas a liberdade é exactamente isso, aceitarmos que se diga aquilo em que não acreditamos.
Eu sempre fui um defensor que os apoiantes de extrema direita se deviam legalizar e deviam existir e ombrear com os seus opositores da extrema esquerda e do centro. Desde que cumpram as leis e que deêm as mesmas oportunidades aos outros, devem poder defender as suas ideias, mesmo que estas sejam contrárias á própria democracia. É isso mesmo a democracia.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Jornalismo

Paragem obrigatória na visita a Israel foi o museu do holocausto, em memória de seis milhões de judeus mortos pelos nazis. Envergando uma «kippa», o chapeuzinho judaico, George W. Bush colocou uma coroa de flores na chama eterna. O presidente norte-americano sublinhou a homenagem com algumas palavras de emoção e solidariedade.

Esta notícia apareceu no site da TVI acerca da visita de George W. Bush ao médio oriente, mais precisamente Israel. Quando quem refere "o chapeuzinho judaico" escreve esta notícia devia ter dois dedos de testa e perguntar-se, ou investigar, o que significa aquele "chapeuzinho" só para ter a noção que não estaria a ofender ninguém. Não estou a falar por mim, que sou ateu convicto, nem sequer falo em nome de ninguém, que não tenho o mandato para o fazer. Mas como reagiriam os católicos se alguém mencionasse a "cruzinha", ou "o cabide" num texto jornalístico?
Faça-se melhor jornalismo neste país que todos saimos a ganhar.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O Governo e o novo aeroporto de Lisboa

E o novo aeroporto de Lisboa vai para... ALCOCHETE!
Depois de tantos estudos e tantas localizações e tantas opiniões, mais e menos interessadas, o governo vem anunciar que o novo aeroporto de Lisboa vai ficar situado no campo de tiro de Alcochete.
Devo dizer que desde o início que achei que a melhor opção seria Alcochete, mas com o tempo fui-me aproximando daquilo que o estudo do LNEC demonstrou no fim, que existem boas razões que assistem ambas as localizações. No fim acho que Alcochete ganha apenas pela razão, não pouco importante, de ser a que permite maior flexibilidade em termos de alterações do projecto entre o agora e o início do funcionamento do aeroporto. Não esqueçamos que o aeroporto é só para entar em funcionamento em 2017, o que significa que ninguém sabe o que se poderá passar em termos de evolução tecnológica até lá. Seria muito estranho ficarmos presos a uma ideia de construção que já estivesse ultrapassada quando iniciasse funções.

Como seria de esperar, muitos vieram imeditamente a cabeça do ministro e, alguns, até a cabeça do Primeiro-ministro. Mesmo não sendo eu muito fan do ministro actual, devo dizer que louvo quem sabe recuar e dar atenção ás opiniões de outrem. Lembremo-nos que este é o governo que é constantemente acusado de ser prepotente, arrogante e com alguma razão. Assim, com todas estas voltas atrás, ao contrário do que muitos dizem, eu acho que o governo está a demonstrar, ou pelo menos a tentar, que tem abertura e humildade.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Tratado de Lisboa e Presidenciais Americanas

Por cá, o Primeiro-ministro José Sócrates anunciou que o Tratado de Lisboa vai ser aprovado por votação perlamentar em vez de por referendo. Não podia estar mais de acordo. É para isso que se elegem os deputados, para que eles tomem as decisões e dirijam Portugal, melhor ou pior, isso avalia-se a cada quatro anos. Eu sou da opinião que os referendos devem ser feitos única e exclusivamente em matérias que envolvam decisões morais, como a questão do aborto por exemplo. O Primeiro-ministro disse que este tratado era totalmente diferente do anterior e portanto a promessa feita em tempo de eleições não abrangia este tratado. Não podia estar mais em desacordo. O tratado tem um nome diferente, foi retocado, mas é substancialmente o mesmo. Mas quanto a promessas eleitorais em todo o mundo se promete o que se pode e não pode cumprir. mas os culpados somos todos nós, os que votamos. Se um candidato vier dizer que vai subir os impostos ou tomar medidas desagradáveis, mesmo que todos saibamos que são necessárias, quem votará nele? Reflitam e sejam honestos convosco próprios.

Nos EUA Hilary Clinton deu a volta ao resultado de Iowa (e isto já parecia um comentário futebolístico) e ganhou em New Hampshire, contra todas as espectativas e sondagens. Há quem diga que foi a lágrima que ia vertendo na véspera da votação que lhe deu a vitória, mas eu acho que terá sido a falta de experiência política de Obama. Sinceramente eu acho que Obama é o melhor candidato de todos, mas acho que todos lhe reconhecem valor, mas lá (nos EUA), onde conta todos têm medo da sua inexperiência política. Se quiser ganhar, Obama terá de demonstrar acima de tudo que é capaz, que tem o que é necessário, porque de boas vontades está o mundo cheio.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Benfica???



Elucidativo quanto baste, não?


Dizia José Mourinho que o grupo deve sempre vir em primeiro, que um grupo não é a soma das partes, é sempre algo diferente, espera-se melhor.

Assim espero que os dirigentes não tenham contemplações perante o que se passou no Bonfim. Por mais que estes dois elementos sejam imprescindíveis á equipa, o grupo ficará mais fracos se nada acontecer, isso é certo.

Do ponto de vista dos jogadores, acho que ficaria bem virem pedir desculpas aos adeptos.


Será isto o Benfica de hoje em dia? Tendo o grupo um líder (treinador) que é suposto ter como melhor qualidade o espírito que incute nos seus jogadores, será possivel isto acontecer?


Uma ressalva, fez muitíssimo bem em substituir os dois jogadores imediatamente. Serviu como alerta ao grupo. Esteve bem a SAD ao suspendê-los de seguida. Esperemos pelas averiguações.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O fim anunciado do Dakar?

A comissão organisadora do rali Lisboa-Dakar anunciou hoje o cancelamento da prova este ano. É a primeira vez em 30 anos que tal acontece, mesmo vivendo nós na era do GPS. Há 10 anos atrás os pilotos podiam perder-se em pleno deserto e andar assim por vários dias (e aconteceu mais do que uma vez), podiam ter uma avaria e ninguém saber onde estavam. Mas nunca um rali foi cancelado por existirem riscos. Mesmo quando os rebeldes do Sahara Ocidental colocavam minas em alguns percursos (e existiram vítimas devido a explosões), nunca um rali foi cancelado.
Agora, por motivo de alertas por parte dos serviços secretos franceses, um rali é cancelado na véspera da partida. Provavelmente terá havido algo mais que "problemas na Mauritânia" para que esta prova tenha sido cancelada, algo que não transpareceu cá para fora. E tem que ser algo bastante grave, os "problemas na Mauritânia" já existem há vários anos, não são de agora.

Espero sinceramente que não tenhamos assitido ao fim anunciado do rali Dakar. Mesmo quem não é apreciador de corridas automobilísticas, vibra com a mística desta prova, A "Liga dos Campeões" do automobilismo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Menezes e Petróleo

Dois temas, um muito mais importante que o outro, na agenda de hoje. Primeiro, ontem o petróleo atingiu a cifra dos 100 dollars por barril em Nova York e o mesmo hoje em Londres. Confirma-se o que todos os analistas já esperavam. Agora fala-se no quando (não no se) o petróleo chegará aos 150 dollars, esperando-se que seja no período dos próximos 3 a 5 anos. Para muitos pode parecer ser uma tragédia, para mim é uma grande oportunidade de os combustíveis não fósseis alternativos se tornem mais viáveis e assim poluirmos menos o planeta.

Para segundo tema, a ida de Luis Filipe Menezes apoiar a manifestação que os utentes do hospital da Anadia realizaram contra o encerramento da urgência. Parece-me pouco digno (para não lhe chamar populismo bacoco) dum candidato a Primeiro-Ministro entrar numa manifestação apenas para chamar a atenção de si mesmo, visto não o conseguir fazer através da apresentação de novas ideias. Se em vez de se ter deslocado lá, tivesse apresentado uma proposta de como faria as coisas diferentes do governo, ficaria bem melhor na fotografia.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Paquistão

No mesmo dia duas notícias importantes acerca do Paquistão. A primeira, a do adiamento das eleições para dia 18 de Fevereiro. Parece-me acertado adiar as eleições até que a calma regresse ao país. Para que umas eleições sejam democráticas existe, sempre, a necessidade de que sejam realizadas num clima de calma, ou não o serão de todo.
A segunda, o Paquistão vai pedir a ajuda da polícia britânica para que as conclusões do inquérito sobre a morte de Benazir Bhutto sejam o mais transparentes possivel. Mais uma vez parece-me uma decisão acertada visto que o clima de desconfiança face ao Presidente Musharraf parece não ter fim e isso apenas ajuda a criar instabilidade. Resta saber se esta medida será igualmente celebrada a nivel interno como será pela comunidade internacional.

Está de parabéns o Presidente Musharraf, nestas duas situações, apesar de continuar a ser uma pessoa que diz mais a si próprio que ao resto do mundo.